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Rosto do Ano 2023 – Área Inovação
Adega Banda d’Além

Em 2017, com a plantação de uma vinha de Bastardo em Palhais, deu-se início à recuperação do Bastardinho do Lavradio, um projecto dinamizado pela Adega Banda d’Além, que pretende dinamizar o enoturismo, que contribua para dar visibilidade ao concelhio do Barreiro e à história inscrita no seu território.
Este projecto da Adega Banda d’Além pretende ser o primeiro passo de um caminho longo que visa o renascer de um vinho licoroso lendário, a recuperação da tradição vitícola da região do Barreiro e, simultaneamente, aposta visa dar um incentivo para a valorização histórica da “Banda d’Além” e ser um estímulo para a autoestima da sua gente.

No decorrer da primeira prova de réplicas de vinhos antigos que decorreu na Adega Banda d’Além, na Quinta da Estalagem, em Palhais, foi recordado que desde a Idade Média que toda a região do Lavradio, Verderena e Palhais era famosa pelas suas belas quintas, cheias de vinhas, pomares, imponentes casas de veraneio e, algumas até, com cais privativo.

Recordou-se que D. Pedro II elevou o Lavradio a vila e sede de concelho, em 1670, e doou-o a Mendonça Furtado, Vice-rei da Índia e 1º Conde do Lavradio. Sendo salientado que o concelho do Lavradio que incluía Palhais, perdurou até 1836, sendo integrado no concelho de Alhos Vedros, até 1855, e, desde então no do Barreiro.
A Quinta da Estalagem é uma das poucas que resistiu à devastação rural que a região sofreu com o desenvolvimento industrial do século XX.
A atual quinta foi comprada por Adelino Martins, avô do proprietário (com o mesmo nome), em 30 de dezembro de 1938.
Adelino Martins aposta com paixão neste projecto com uma visão de promoção do enoturismo, e, dar visibilidade quer ao vinho bastardinho, quer aos vinhos de qualidade da Banda d’Além e da região.

Este projecto inovador que aposta em ligar o concelho do Barreiro à história inscrita no seu território é merecedor da atribuição da distinção Rosto do Ano 2023 na área de Inovação.

Nota – A distinção «Rostos do Ano» é atribuída anualmente pelo jornal «Rostos», sendo resultado de uma decisão colegial assumida por um colectivo composto por: António Oliveira, jornalista da Lusa; Ana Lourenço Monteiro, ex-Directora do Jornal do Barreiro e António Sousa Pereira, Director do jornal «Rostos».